História da Cidade

Com origem no início do século XX, Filadélfia é uma cidade pacata e ordeira, é o portal do Tocantins para o Sul do Maranhão. Criada em 8 de outubro de 1948, pela lei estadual, Lei N° 154 de 8 de outubro de 1948, instalada em 1 de janeiro de 1949 e fundada em 1951, tem seu nome originado do seu primeiro fazendeiro a se instalar no local, o senhor Filadélfio Antônio de Noronha. De acordo com o último censo a população avaliada em 2010 era de 8.505 habitantes, estima-se que a população tenha hoje 8.874.

A cidade tem passagem marcante na história do Estado e um passado glorioso, pois integrou a importante rota fluvial que ligava Goiás ao norte do Brasil. Filadélfia fica localizada a margem esquerda do Rio Tocantins, onde faz fronteira com o estado do Maranhão, do outro lado do rio está a cidade de Carolina. Outra passagem marcante em sua história foi a instalação de um Posto Fiscal para arrecadação de impostos na região, conhecido por Porto das Paulas, em 1919.

Segundo o historiador Raylinn Barros da Silva, a cidade de Filadélfia foi, junto com a cidade de Tocantinópolis, antiga Boa Vista do Padre João, os dois principais centros urbanos e políticos da região do antigo extremo norte de Goiás, pelo menos até a década de 1960. Até que a cidade de Araguaína, que pertenceu à Filadélfia na condição de distrito até o ano de 1958, emancipou-se politicamente.

Em 1980, Filadélfia sofreu com uma enorme inundação provocada pelo Rio Tocantins. Até então nunca se tinha visto naquelas proporções. Praticamente 70% das residências da cidade foram afetadas e a maioria delas, construída com “adobe”, bloco de barro cru, ruíram e deram lugar a novas construções na cidade inteira. Somente para registrar, dentro da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a água do rio ficou com 30 cm de altura.

Até a criação do estado do Tocantins, em 05 outubro de 1988, o município pertencia a Goiás, com o mesmo nome. E em 2010, parte do município, ou seja, as terras agricultáveis, foram atingidas pela formação do lago da represa no Rio Tocantins, construída na cidade de EstreitoMaranhão.

Filadélfia é uma cidade turística. No interior do município está localizada a Reserva Estadual das Árvores Fossilizadas, que apresenta o maior número de árvores petrificadas já descobertas no planeta, um monumento natural das árvores fossilizadas e um raro patrimônio cientifico mundial. Outro fator que atrai os turistas é a praia do Coqueiro,  fazendo com que a população aumente consideravelmente com a presença de turistas e filhos da terra vindos de todas as regiões e estados do Brasil.

A atividade predominante no município é a pecuária e a agricultura, além da produção mineral, pois Filadélfia é grande produtora de gesso e calcário. Sua economia vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, com o aumento considerável de empregos formais e a abertura de novos empreendimentos industriais e comerciais. O município conta com várias regiões e distritos, tais como a região da Barraria, os vilarejos “Zé Biel” ou “Bielândia”, “Canabrava”, “Mamoneira” e “Rodeador”. No interior do município também encontra-se a comunidade Quilombola Grotão, já nas proximidades do Rio João Aires, divisa com o município de Palmeirante.

 

Prefeitos

  • Dotorveu Maranhão Machado (1949)
  • Raimundo Franco de Souza
  • Adeuvaldo de Oliveira Moraes
  • Lindolfo Bento Pereira
  • Wilson Martins de Castro
  • Adailton de Oliveira Moraes
  • Manoel Gonçalves de Alencar
  • Ivanilzo Gonçalves de Alencar
  • Jose Bento Fragoso
  • Pedro Iran Pereira Espírito Santo
  • Gilmar Aires Fragoso
  • Carlos Martins Carneiro de Araújo (1º interventor)
  • Sebastiao Dias da Silva (2º interventor)
  • Capitão Tavares (4º interventor)
  • Ivanilzo Gonçalves de Alencar (2001-2004)
  • Pedro Iran Pereira Espírito Santo (2005-2008)
  • Cleber Gomes Espírito Santo (2008-2011)
  • Edenilson da Silva e Sousa (2012 – Eleição Indireta)
  • Edenilson da Silva e Sousa (2013-2016)
  • Ivanilzo Gonçalves de Alencar (2017- 2020)
  • David Sousa Bento(2021 até a atualidade)

 

 

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Filadélfia pelas leis municipais nºs 55, de 05-08-1917 e 42, de 30-01-1924, subordinado ao município de Boa Vista do Tocantins.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Filadélfia, figura no município de Boa Vista do Tocantins.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 1233, de 31-10-1938, o município de Boa Vista do Tocantins passou a denominar-se simplesmente Boa Vista.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Filadélfia, figura no município de Boa Vista.

Pelo decreto-lei estadual nº 8305, de 31-12-1943, o município de Boa Vista passou a chamar-se Tocantinópolis.

Elevado à categoria de município com a denominação de Filadélfia, pela lei estadual nº 154, de 08-10-1948, desmembrado do município de Tocantinópolis (ex-Boa Vista). Sede no antigo distrito de Filadélfia. Constituído de 2 distritos: Filadélfia e Iviti (ex-Diamantina), ambos desmembrados de Tocantinópolis. Instalado em 01-01-1949.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Filadélfia e Iviti.

Pela lei municipal nº 83, de 30-09-1953, o distrito de Iviti tomou a denominação de Palmeirante.

Pela lei municipal nº 86, de 30-09-1953, é criado o distrito de Araguaína (ex-povoado) com terras desmembradas do distrito de Palmeirante (ex-Iviti) e anexado ao município de Filadélfia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Filadélfia, Araguaína e Palmeirante.

Pela lei estadual nº 2125, de 14-11-1958, desmembra do município Filadélfia o distrito de Araguaína. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: filadélfia e Palmeirante.

Pela lei municipal nº 127, de 11-11-1963, é criado o distrito de Nova Olinda e anexado ao município de Filadélfia.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Filadélfia, Nova Olinda e Palmeirante.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.

Pela lei estadual nº 8847, de 10-06-1980, desmembra do município de Filadélfia o distrito de Nova Olinda. Elevado á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 2 distritos: Filadélfia e Palmeirante.

Pela lei estadual nº 251, de 20-02-1991, desmembra do município de Filadélfia o distrito de Palmeirante. Elevado á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Pela lei nº 502, de 06-05-1994, é criado o distrito de Bielândia e anexado ao município de Filadélfia.

Em divisão territorial datada de 1997, o município é constituído de 2 distritos: Filadélfia e Bielândia.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.